GLOBAL – No domingo, dia 4 de outubro, ativistas e opositores ao fraturamento hidráulico, conhecido como fracking, em todo o mundo farão manifestações em frente a embaixadas e consulados brasileiros e sedes de empresas envolvidas com o uso desta técnica no Brasil. As manifestações acontecerão em 28 países, incluindo Portugal, Inglaterra e Espanha. No Brasil, ações em diversas cidades estão planejadas nos estados do Paraná, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Acre e no Distrito Federal.

Os protestos em apoio à Coalizão Não Fracking Brasil mostrarão ao governo brasileiro que existe um movimento contrário ao fracking global e unido, justamente às vésperas do leilão de novos blocos para a exploração de combustíveis fósseis com o uso desta técnica, planejado para o próximo dia 7 de outubro. Os novos blocos a serem leiloados se situam em áreas que se sobrepõem áreas de floresta, aquíferos importantes e santuários ecológicos. 

“O governo brasileiro afirma que não existe oposição ao fracking em outros países, mas neste fim de semana, com ações planejadas em diversas partes do mundo, mandaremos a seguinte mensagem ao governo brasileiro: o fracking não é bem-vindo em nenhum lugar!”, explica Nicole Figueiredo de Oliveira, coordenadora da 350.org Brasil e parte da Coalizão Não Fracking Brasil.

Os ativistas estão determinados a pressionar o governo brasileiro a desistir de permitir o uso desta técnica que ameaça regiões com expressive produtividade agrícola, pois leva à degradação do solo, do ar, contaminação da água e dos lençóis freáticos, prejudicando a população rural e urbana e causando danos permanentes e irreversíveis.

Como podemos perceber pelos exemplos do Reino Unido, da França e dos Estados Unidos, a oposição ao fracking está crescendo ao redor do mundo. “No Brasil, alcançamos vitórias importantes ao longo de 2014, mobilizando mais de 100 mil pessoas contra o fracking em duas cidades do Paraná. Além disso, a justiça suspendeu os efeitos do leilão anterior, realizado em 2013. Agora, vamos intensificar nossa campanha para prevenir que este novo leilão aconteça – e suspendê-lo também na justiça, se necessário”, afirma Nicole.

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