164396_CSL211114L003F03Em uma pesquisa realizada pela engenheira química Camila C Braghetto Obst (que administra uma empresa de produtos orgânicos) foram selecionadas duas batatas, sendo uma convencional e outra orgânica. Ambas foram colocadas em vidros distintos, nas mesmas proporções, tampados e analisadas por quarenta dias.

Durante a decomposição dos alimentos, foi identificado que enquanto a batata orgânica continuava com aspecto preservado e produzia brotos de seu interior, já a convencional murchou e ficou praticamente imersa pela água que ela mesma liberou. A decomposição exalava forte odor mesmo permanecendo sob vedação, enquanto a batata orgânica teve leve mau cheiro perceptível somente quando o recipiente foi aberto.

O objetivo da engenheira foi de esclarecer ao público a quantidade de ingestão química através de produtos cultivados com agrotóxicos e seus malefícios. Para Braghetto, a utilização de agrotóxicos e fertilizantes químicos nos alimentos provoca absorção de grande quantidade de água, além dos próprios resíduos químicos, o que a deixa mais perecível e explica o forte odor lançado pelo alimento. Já os orgânicos permanecem bons para consumo por mais tempo, por conta de crescerem absorvendo os nutrientes naturais da terra.

Nos últimos anos, a procura por produtos orgânicos tem crescido consideravelmente. E por consequência disso, hoje quase todos os supermercados possuem prateleiras exclusivas para esses alimentos além de feiras orgânicas e hortifruti para suprir a demanda.

Segundo artigo científico da Unicamp, os brasileiros têm mudado alguns hábitos na busca de consumir alimentos mais saudáveis e a opção tem sido os orgânicos, termo para definir produtos cultivados sem agrotóxicos.

Desde 2003 foi regulamentada a lei federal nº 10.831para agricultura orgânica, que visa à produção de frutas, legumes e verduras sem adição de adubos químicos ou que contenham o percentual insignificante de pesticidas, com finalidade de aumentar a transição ecológica que é a desintoxicação gradual do solo, água e dos alimentos.

 

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul