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A Europa acordou em alerta hoje, o mês de Junho deste ano, registrou as maiores temperaturas da história. Um começo assustador para Julho que costumeiramente é o mês mais quente do continente.
Não é à toa que há uma enorme preocupação ao redor das altas temperaturas, afinal, no ano de 2003 cerca de 15 mil pessoas morreram na França por conta de uma onda de calor.
Estamos a beira de um colapso climático? Os estudos científicos do IPCC afirmam que sim, pois o planeta está ficando superaquecido e por conta disso as mudanças climáticas estão cada vez mais intensas.
Sinais de que a Terra está pedindo socorro não faltam, mas listamos aqui 5 deles:
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ONDAS DE CALOR PELO MUNDO
Não são apenas os Europeus que estão sofrendo com o calor extremo esse ano. A Índia e o Paquistão também estão sofrendo com recordes de temperatura. Os termômetros chegaram aos 50.8°C, mais de 180 pessoas morreram por conta do calor extremo apenas no estado de Bihar, na Índia, e outras dezenas de mortes foram reportadas em todo o país. No Paquistão, ao menos 5 crianças morreram depois de ficarem expostas ao calor extremo. -
SECAS E INCÊNDIOS
Dos 20 maiores incêndios florestais registrados na história da Califórnia, 15 ocorreram desde o ano 2000. No ano passado, ao menos 85 pessoas morreram e mais de 1000 desapareceram. Segundo os cientistas, as mudanças climáticas tornam o ar mais árido e quente e a vegetação mais seca. E não precisa ir muito longe para notar o clima mais seco, o norte de Minas Gerais vêm enfrentando períodos de seca cada vez mais longos, afetando diretamente a vida de pequenos agricultores da região. Esse ano, cerca de 127 municípios decretaram situação de emergência. -
CICLONES DEVASTADORES E SIMULTÂNEOS
Em março de 2019 o Ciclone Idai devastou o continente Africano matando mais de mil pessoas. 59 em Malawi, 344 em Zimbábue e 602 em Moçambique. Na mesma semana, dois ciclones atingiram a Austrália e um mês depois, o Ciclone Kenneth atingiu Moçambique deixando mais de 20 mil desabrigados. -
CHUVAS E ENCHENTES
Em Abril de 2019 o Rio de Janeiro teve um dia de chuva atípica, que causou deslizamentos, enchentes matando ao mínimo 10 pessoas e deixando mais de 60 desabrigados. São Paulo também teve dias de fúria climática. Em uma das tempestades, 13 mortes foram registradas no Grande ABC e centenas de famílias ficam sem abrigo. -
1 MILHÃO DE ESPÉCIES EM RISCO DE EXTINÇÃO
A ONU lançou um relatório acerca do impacto humano sobre a natureza que mostra que quase 1 milhão de espécies de animais e plantas correm risco de extinção dentro de décadas. Um dos pontos levantados é a poluição marinha por plásticos, que aumentou dez vezes desde 1980, afetando ao menos 267 espécies entre tartarugas marinhas, aves marinhas e mamíferos marinhos. Cada espécie em extinção gera impactos significantes dentro de toda uma cadeia do sistema e acaba afetando ainda mais o clima também.
O que fazer?
Segundo o IPCC, nós precisamos manter o planeta no limite de 1.5 graus celsius, e para isso, deveríamos emitir no máximo 350 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera.
Como indivíduos, nós podemos e devemos repensar no nosso consumo, na quantidade de lixo e carbono que produzimos, assim como na quantidade de energia que demandamos ao comer e ao nos locomover, por exemplo.
Como cidadãos nós devemos exigir das autoridades medidas relevantes e importantes que ajudem o ecossistema.
Nós não precisamos de mais termelétricas, usinas nucleares, hidrelétricas, minas de carvão, plataformas de petróleo convencional ou fracking. Nós já temos tecnologia suficiente para superar essas fontes de energia do passado!
Nós precisamos é do papel consciente do Governo em abrir portas e incentivar já as energias fontes renováveis e justas.
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Livia Lie – coordenadora de Campanhas Digitais da 350.org Brasil e América Latina, comunicóloga, e Voluntária da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima Água e Vida.