Na última semana, o movimento climático fez história. O presidente norte-americano, Barack Obama, rejeitou o oleoduto de areias betuminosas Keystone XL quatro anos depois do dia em que 15 mil pessoas cercaram a Casa Branca para parar o projeto.
Esse acontecimento é extremamente importante.
Um chefe de Estado jamais havia rejeitado um grande projeto relacionado aos combustíveis fósseis devido aos seus impactos climáticos. A decisão do presidente Obama estabelece um padrão para a ação climática: combater a indústria dos combustíveis fósseis e mantê-los no subsolo.
Não se engane: essa vitória pertence a nós, ao movimento – não aos políticos! Essa luta começou com os povos originários do Canadá, onde as areias betuminosas são extraídas, e alcançou agricultores, fazendeiros e indígenas em toda a rota do oleoduto. Desde então, pessoas de diferentes estilos de vida uniram forças contra Keystone e contra os 830 mil barris por dia do destrutivo petróleo proveniente das areias betuminosas que o oleoduto teria levado até os Estados Unidos, onde seria queimado.
Movida pela organização, a maré está virando contra a indústria dos combustíveis fósseis.
Quando a decisão foi anunciada, 73 pessoas estavam fazendo um protesto em frente à casa do primeiro-ministro canadense, para pedir a ele que impeça a expansão das areias betuminosas; 20 mil pessoas estavam se preparando para uma marcha em memória das vítimas do supertufão Haiyan, nas Filipinas; e pessoas em toda a Europa estavam fazendo planos para uma onda de ações históricas nas ruas de Paris durante as duas semanas das negociações climáticas da ONU.
Temos uma abertura política real aqui: se continuarmos pressionando, existem boas chances de que a cúpula de Paris consiga fazer o que as demais não conseguiram: enviar um sinal claro de que o mundo está finalmente abandonando os combustíveis fósseis.
Estamos no caminho certo, e pedimos algo ambicioso em Paris: mantenham pelo menos 80% dos combustíveis fósseis no subsolo e financiem uma transição justa para 100% de energia renovável.
Hoje, podemos olhar para todo o nosso trabalho com outros olhos. Sabemos que podemos lutar, e sabemos que podemos vencer.
Parar esse oleoduto não é apenas uma vitória para o movimento climático dos Estados Unidos. É uma vitória para todos aqueles que acreditam no poder da união das pessoas.
Juntos, estamos no caminho rumo a mudanças sólidas e reais.
Com alegria e imensa gratidão,
Equipe da 350.org na luta contra o oleoduto Keystone XL:
Bill, Cam, Clayton, David, Deirdre, Duncan, Jamie, Jason, Joshua, Linda, Matt, May, Phil, Rae e Sara
Você também pode se unir a nós no agradecimento a todos que contribuíram para que a rejeição ao KXL fosse possível, assinando o nosso cartão de agradecimento ao movimento. Entregaremos versões personalizadas do cartão com as suas mensagens a todos que organizaram ou participaram de ações contra o Keystone XL desde 2011. Clique aqui para assinar o cartão de agradecimento para o movimento #NoKXL.