Diversos grupos e comunidades nos cinco continentes vão participar da mobilizaçãoUna-se pelo Clima, nos dias que antecedem a Cúpula Global de Ação Climática, na Califórnia
GLOBAL — Dezenas de milhares de pessoas participarão das ações da mobilizaçãoUna-se pelo Clima, a ser realizada no dia 08 de setembro ou próximo à data. Serão diversas iniciativas locais em cidades, instituições, universidades e lugares de prática religiosa espalhados pelos cinco continentes. Essas mobilizações, previstas para ter início nos dias que antecedem a Cúpula Global de Ação Climática, levarão a luta pelas questões climáticas para dentro de suas próprias comunidades. A mobilização global tem por objetivo colocar em evidência as lutas locais de combate às mudanças climáticas, e aumentar a pressão sobre os governantes que estarão presentes na Califórnia, mostrando a real demanda das pessoas em todo o mundo.
A Cúpula Global, organizada pelo governador da Califórnia, Jerry Brown, ocorre de 12 a 14 de setembro e contará com a participação de representantes de governos nacionais, locais, empresas e outros setores interessados. O objetivo do encontro é apresentar ações de movimentos não governamentais de todo o mundo que combatem as mudanças climáticas, de modo a inspirar um maior comprometimento dos governos nacionais diante desse contexto.
As mobilizações do movimento Una-se pelo Clima pretendem influenciar o encontro, definindo pautas relevantes, demonstrando quem são de fato as verdadeiras lideranças climáticas mundo afora e desafiando os governos a acelerarem o processo de transição justa e equitativa rumo a uma economia com 100% de energia renovável, livre e acessível para todos. Esse avanço só acontecerá com a interrupção de novos projetos relacionados a combustíveis fósseis e com a adoção de uma redução justa e planejada da produção existente.
Representantes de movimentos de jovens e das mais variadas crenças, além de grupos que lutam por justiça social, pelos direitos dos trabalhadores e pelas cidades, apoiam a mobilização Una-se pelo Clima, que nasce a partir da crescente base de militantes do movimento climático. As ações mais importantes da mobilização incluem: milhares de pessoas tomando as ruas de San Francisco (EUA); um dia de ações continentais e eventos na Austrália, na África e nas ilhas do Pacífico, incluindo importantes encontros locais sobre energia livre e renovável; mobilizações em grandes cidades europeias, como uma grande marcha prevista para acontecer em Portugal e um evento emblemático em Kiev (Ucrânia); ações criativas em mais de 17 países da América Latina; e marchas virtuais no leste asiático.
Todas essas iniciativas irão exigir ações mais concretas e reais dos governos locais e nacionais, tendo em vista o momento crítico em que vivemos, no qual a subsistência de populações mundo afora está em risco devido ao crescente impacto da crise climática. Esse movimento é parte de uma onda mais ampla de mobilizações globais que acontecem ao longo deste ano, que incluem as iniciativas Reclaim the Power and Global Frackdown (“Exija o poder” e “Fim do Fracking no Mundo”, em tradução livre).
Juntas, essas ações contribuem para a construção de apoio coletivo para as verdadeiras lideranças climáticas, ampliam a pressão sobre os líderes nacionais que estão falhando em seus compromissos e criam o engajamento necessário para garantir uma transição justa e imediata rumo a um mundo mais equilibrado, justo e sustentável até 2020.
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CONTATOS
Hoda Baraka, 350.org Global, [email protected], +2-01001-840990
David Turnbull, Oil Change International, [email protected], +1-202-316-3499
Para mais informações, acesse o site das campanhas:
Una-se pelo Clima ou Zero Fósseis
CITAÇÕES
“Essa mobilização global manda uma mensagem aos governos em todo o mundo: estamos engajados em alcançar uma transição justa e imediata para um mundo sustentável e equitativo. Cada vez mais, comunidades em todas as partes abrem caminho em direção a uma matriz energética 100% renovável para todos. Ao mesmo tempo, evitam que novos projetos de combustíveis fósseis sejam desenvolvidos. Os governos precisam receber uma lição dos líderes locais, pois a ciência é clara a respeito das mudanças climáticas e a tecnologia para a transição energética já está pronta. Exigimos ações corajosas e imediatas.” Payal Parekh, Diretora de programas da 350.org.
“Comunidades em todo o mundo continuam a se levantar para derrotar a incontrolável indústria de combustíveis fósseis. Sabemos que, se quisermos atingir nossas metas climáticas, devemos trabalhar juntos para interromper qualquer novo projeto com combustíveis fósseis e reduzir a produção já existente em umatransição justa e gerenciada para as energias renováveis. Essas mobilizações serão a mais recente demonstração de força de um movimento cada vez mais forte que está bloqueando oleodutos, fechando minas de carvão e interrompendo perfurações de petróleo e gás todos os dias. Nós não poderíamos estar mais orgulhosos de fazer parte disso.” David Turnbull, Diretor de Comunicação Estratégica da Oil Change International.
“O mundo está mudando. As economias estão em transformação. A transição para um contexto de energia 100% livre e renovável é nossa única garantia para garantir empregos, segurança e prosperidade para todos. Por isso, devemos nos mobilizar e exigir uma transição imediata rumo à energia livre e renovável.” Wael Hmaidan, diretor-executivo da Climate Action Network.
“Tenho certeza de que os jovens não só na Califórnia, mas em todo o mundo, vão se mobilizar pela luta climática. Precisamos denunciar que nossas comunidades estão ameaçadas e mostrar que a justiça social por meio da justiça climática é a única forma de avançarmos.” Iago Hairon, coordenador-geral da Engajamundo – Brasil.
“É necessário buscar alternativas de transição rumo a um modelo com energias renováveis, já que os governos da América Latina insistem em aprofundar a qualquer preço o modelo extrativista, promovendo grandes investimentos no setor, inclusive flexibilizando as legislações ambientais. Por causa de suas ações irresponsáveis, eles estão causando danos aos nossos territórios e violando os direitos coletivos dos povos. Estamos unidos para mostrar que não vamos aceitar isso.” Osver Polo, Coordenador do Movimento Cidadão Contra as Mudanças Climáticas (MOCCIC) – Perú.