25 novembro, 2016

Segundo encontro latino-americano contra o Fracking mobiliza parlamentares e sociedade civil

COMUNICADO À IMPRENSA Para Divulgação Imediata

25 de Novembro de 2016

 

BUENOS AIRES, ARGENTINA — Legisladores, representantes eclesiais, da sociedade civil, especialistas ambientais, cientistas climáticos, lideranças indígenas e comunitárias de países como Argentina, Brasil, Uruguai, Equador e Colômbia estarão reunidos na cidade portenha de Buenos Aires para debater as ameaças trazidas pelo uso de combustíveis fósseis na América Latina, em especial a técnica do fraturamento hidráulico para extração não convencional de petróleo e gás – mais conhecida como fracking. O encontro internacional “Mudanças Climáticas e Crise Ambiental: Os Perigos do Fracking e as Alternativas para a América Latina”, que acontece no dia 01 de Dezembro na Câmara de Deputados da Argentina, também pretende definir estratégias conjuntas de ação para o continente.

Os convidados presentes no evento fazem parte da Coalizão Latino-americana contra o Fracking, uma iniciativa de expansão regional da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida. O objetivo principal da coalizão é impedir a expansão da prática do fraturamento hidráulico através de políticas públicas e legislações, bem como promover soluções independentes e inclusivas de energia limpa, a partir de uma base econômica sustentável, justa e competitiva.

“A Coalizão se propõe a contribuir tecnicamente e a apoiar os países para que assumam uma posição de liderança mundial no âmbito das economias com baixas emissões de carbono. Seus membros reconhecem as oportunidade e sinergias entre todos os países que representam, e estão orientados para a proteção e conservação do clima”, afirma Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina. Para Nicole, “se a sociedade e os governos não se mobilizarem para conter a entrada e o avanço do Fracking em seus respectivos países, não só as comunidades locais sofrerão os impactos das mudanças climáticas, como também o restante do mundo”.

O primeiro encontro realizado em 19 de setembro em Montevidéu, no Uruguai, reuniu representantes do Parlamento Latino-Americano e fez parte da programação paralela da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (Eurolat), servindo para trocarem experiência no combate ao Fracking e resultando na formação de uma frente ampla para a construção de estratégias conjuntas. Nesta segunda edição, dezenas de parlamentares nacionais e das províncias já confirmaram presença, além de representantes do movimento ambientalista e ativistas contra o Fracking, demonstrando a importância e urgência em conter o avanço da indústria do hidrocarboneto.

“Considerando que esses países têm na agricultura a base de suas economias, é fundamental assegurar que a indústria agrícola latino-americana esteja livre de contaminação. Sendo assim, o banimento do Fracking no continente não só irá proteger a saúde das pessoas, animais e do meio ambiente, como também garantirá competitividade aos produtos no mercado internacional, uma vez que diversos países já estão criando restrições de importação para alimentos provenientes de áreas com exploração do gás de xisto”, defendeu Juliano Bueno de Araújo, coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org e fundador da COESUS.

 

CONTATO: Silvia Calciolari, Assessora de Imprensa da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida, [email protected] / +55 41 99967-3416

Para saber mais acesse: http://www.peligrosdelfracking.org/

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