Ativista climática em Münster, Alemanha, Leandra Praetzel tem sido fundamental em nossas campanhas de desinvestimento e construção de uma rede Zero Fósseis. Lele, como é conhecida, integra o grupo Zero Fósseis Münster e foi fundamental para significativas vitórias do desinvestimento. Ela também foi peça essencial para a criação da nova Equipe de Apoio do Movimento da 350.org na Alemanha, atuando como facilitadora e treinadora.
Em 2013, Lele passou a integrar o recém-criado grupo Zero Fósseis Münster e imediatamente passou a se envolver na campanha de desinvestimento da 350.org. Ela passou a fazer parte do time alemão de treinamentos, que apoia grupos da campanha Zero Fósseis ensinando habilidades para campanhas, tais como desenvolvimento de estratégias e definição de metas. Em 2015, Lele participou intensamente de uma importante vitória – que ela considera sua maior conquista como ativista climática: when Münster se tornou a primeira cidade alemã a desinvestir em combustíveis fósseis..
Com o apoio e a orientação da equipe da 350.org, a campanha de Münster construiu relações estreitas com parceiros locais e convenceu o Partido Verde da Alemanha a incluir o desinvestimento em sua plataforma eleitoral. Nas eleições seguintes, Os Verdes conquistaram assentos no governo e cumpriram sua promessa de limpar os investimentos da cidade. Lele recorda com carinho que o comitê financeiro da cidade “foi inclusive um pouco além, excluindo não apenas empresas de carvão, petróleo e gás do portfólio de investimentos, como também empresas ligadas à energia nuclear, à indústria armamentista e ao trabalho infantil.”
Atualmente Lele integra nossa Equipe de Apoio ao Movimento. Ela é uma das responsáveis pelos treinamentos que ajudaram a equipe em 2018 e atua no desenvolvimento de estruturas de suporte para grupos locais, com capacitações peer-to-peer e de compartilhamento de habilidades. Uma de suas tarefas atuais é ministrar oficinas para grupos novos ou inexperientes da região, ajudando-os a conduzir e desenvolver suas campanhas a partir de sua experiência no movimento.
A ativista alemã Kate Cahoon é grata à liderança de Lele, destacando “seu compromisso com a justiça climática e sua abordagem empolgante e inclusiva ao trabalho, que ajuda a unir pessoas e motivá-las a se mobilizar. Se paro para pensar em alguém experiente que represente a campanha Zero Fósseis, Lele é quem primeiro me vem à cabeça.”
Lele é uma liderança enérgica e uma ativista climática apaixonada. Para avançar em nível local, a 350.org trabalha de perto e depende de lideranças como Lele e milhares de outras organizações de base. Nosso mais sincero agradecimento à Leandra Praetzel e a todos os ativistas, líderes, parceiros e apoiadores voluntários de todo o mundo.
Brianna Fruean é uma jovem ativista de Samoa que está nos ajudando a expandir a atuação da 350.org nas comunidades da diáspora do Pacífico na Austrália e na Nova Zelândia. Como muitos outros jovens das ilhas do Pacífico que vivem a diáspora, Brianna trabalha para garantir que jovens do Pacífico em todo o mundo possam conquistar espaço em campanhas como Una-se pelo Clima, #StopAdani e as greves climáticas.
Brianna nunca deixou que a idade fosse um obstáculo na hora de enfrentar as mudanças climáticas. Em 2009, aos 11 anos, tornou-se uma das fundadoras da 350 Samoa. Sua voz emergente no movimento climático da juventude do Pacífico foi útil na hora de conversar com seus pares sobre a urgência de agir, já que as mudanças climáticas representam um imenso problema em suas vidas.
Ela conta o seguinte: “Anos atrás, quando era menina, amava ver a abundância e as cores que o oceano Pacífico oferecia. À medida que fui crescendo, comecei a perceber uma mudança naquela variedade – nas cores e na vida marinha. As alterações dos padrões climáticos estão afetando as plantações e ameaçando nossa segurança alimentar. Não podemos nos calar sobre a crise climática. Nossas formas de vida estão sendo ameaçadas, estamos totalmente implicados!”
Brianna faz parte do Conselho de Anciãos dos Guerreiros Climáticos do Pacífico, uma instância de inspiração tradicional que apoia e patrocina a mobilização. Durante as ações do Una-se pelo Clima, os Guerreiros realizaram 20 eventos da campanha Pacific Pawa na região, reforçando a mobilização para a ação climática. Em Samoa, Brianna ajudou a realizar treinamentos em escolas locais comprometidas com a transição rumo a 100% de energias renováveis.
Ela também é uma parceira importante da atual luta da 350 Austrália para impedir o projeto da Adani – que poderia criar uma das maiores minas de carvão do planeta. Em outubro de 2018, Brianna integrou uma equipe que convocou 10 mil habitantes do Pacífico em eleitorados-chave para exigir de seus representantes no Parlamento australiano a revogação das controversas aprovações a favor da Adani. As eleições de 2019 na Austrália terão o maior número de eleitores do Pacífico da história.
O ativista da 350.org Joseph Zane Sikulu afirma que “a sabedoria não vem com a idade, e Brianna é um exemplo disso. Ela soma muito à nossa juventude, mas todos nós, tanto no movimento como em sentido mais amplo, temos algo a aprender com seus anos de experiência. Ela está nessa batalha desde muito jovem, e somos gratos à sua liderança.”
A presença de Brianna como organizadora, mentora e líder é fundamental para a 350.org. Em uma época em que olhamos para os jovens em busca de liderança, é em pessoas como Brianna que encontramos a vitalidade, a esperança e a coragem para levar esse movimento adiante. Obrigado, Brianna, pelo seu ativismo e pela sua liderança.
Presidenta do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Litoral Sul (Condisi Litoral Sul) e coordenadora do Fórum de Presidentes de Condisi (FPCondisi), Andreia Takua também é mãe e ativista da linha de frente das comunidades indígenas. Andreia é uma a cacique Guarani, a maior comunidade indígena do Brasil. Os indígenas Guarani são profundamente espiritualizados e têm um líder religioso cuja autoridade é baseada no prestígio, e não no poder formal.
O envolvimento de Andreia na 350.org começou quando participou de oficinas sobre mudanças climáticas organizada pela 350 Brasil e pelo Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena). Graças a essa parceria e à liderança de Andreia, a 350 Brasil visitou mais de 15 aldeias indígenas em cinco estados brasileiros. Treinamos mais de 5 mil pessoas em assuntos relacionados aos combustíveis fósseis, às mudanças climáticas e à necessidade de proibir o fracking em suas comunidades. As áreas indígenas do Brasil são extremamente importantes para a proteção do ecossistema do planeta, e as comunidades indígenas em todo o mundo são parceiras fundamentais na defesa da ação climática.
Andreia conta que “é ótimo trabalhar com a 350.org. Eles ajudaram a identificar ameaças que não enxergávamos. Agora a 350.org integra nossa luta pela defesa da natureza. E aqueles que estão conosco nessa mobilização se tornam parte da nossa família. Somos como irmãos de alma. Só posso dizer Aguyjevete (obrigada), 350.org.”
Andreia lidera a luta do povo Guarani em uma época trágica em que a indústria dos combustíveis fósseis e o governo Bolsonaro ameaçam os territórios, a saúde e os modos de vida dos indígenas em todo o país. Atualmente ela ajuda a 350.org a mobilizar e educar comunidades indígenas sobre as mudanças climáticas e a resistir a novas ameaças.
Rubens Born, líder da 350 América Latina, observa que Andreia é uma “mulher corajosa e uma liderança que não hesita em agir para defender os direitos das comunidades indígenas em um período de grandes ameaças e preconceitos estimulados pelas autoridades do governo.”
Garantir a saúde e os direitos das comunidades indígenas é essencial para manter os combustíveis fósseis no solo em uma transição rumo a 100% de energia limpa, livre e renovável para todos. A paixão e a capacidade de mobilizar e conectar de Andreia são inestimáveis para o nosso trabalho no Brasil. Obrigado, Andreia, pela força de sua liderança e pelo seu ativismo.
Nosso movimento de base realiza campanhas de combate às mudanças climáticas em todo o planeta.
Treinamento e educação são essenciais para um movimento mais forte.