Os efeitos das mudanças climáticas já deixa um ar de preocupação, a prova disso são as consequências que assolaram centenas de paranaenses essa semana.

No Noroeste e Norte do Paraná temporais com ventos de até 60 km fizeram uma enorme destruição, como quedas de árvores. Em Maringá, fortes ventos viraram um avião de pequeno porte no aeroporto do município. As fortes chuvas e ventos também deixaram mais de 100 pessoas desalojadas. 

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil, chega a 3.359 o número de pessoas atingidas pelas chuvas no estado. O município mais afetado foi Londrina, no norte do estado, onde 2.300 pessoas estão sofrendo por causa das tempestades. 

A Diocese de Umuarama, primeira instituição religiosa da AL que aderiu o desinvestimento em energias fósseis também sofreu os efeitos das mudanças climáticas, a Cria Diocesana até o presente momento encontra-se sem energia por causa dos fortes ventos que atingiu vários bairros e parte do centro. O assessor do Bispo Dom João Mamede para assuntos socioambiental e membro da 350.org, Reginaldo Urbano diz que esse é mais um alerta aos cristãos:

“Precisamos cuidar da nossa casa comum, a natureza com esses eventos extremos só está respondendo à agressão do homem, ainda dá tempo de juntos mudarmos nossas matrizes energéticas para energias livres, limpas e renováveis”

Os cientistas mais respeitados do mundo estão dando recado: se não mantiver o aquecimento global do planeta abaixo de 1,5°C catástrofes climáticas como furacões, enchentes, secas, tempestades serão cada vez mais frequentes. Isso afetará negativamente a produção em geral, sobretudo de alimentos, e ocasionará prejuízos enormes para a sociedade. Cortar as emissões de gases de efeitos estufa e acelerar a transição energética para o uso de renováveis é mandatório se quisermos garantir a segurança mundial, Afirma a especialista em educação ambiental e Coordenadora de engajamento e Comunidades 350.org e Coesus. Suelita Rocker

NAÇÕES UNIDAS – O recado foi dado pelo secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, que diz que se não houver ações de combate nos próximos dois anos, as consequências serão ainda maiores, pois mundo atingiu “um momento crucial” no aquecimento global.

A mensagem dada aos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU é que eles não estão fazendo o suficiente para combater o que ele chama de “uma ameaça existencial direta” que está se movendo mais rápido do que as pessoas estão trabalhando para combatê-lo.

Guterres reiterou sua convicção que “devemos utilizar todos os nossos recursos para construir um sentido de urgência”. E também mencionou a importância por prezar pela contenção do aumento das temperaturas em no máximo 1,5°C.

 

Fontes: Climainfo / Mundo Educação / Paraná Portal