Organizações ambientalistas promovem no domingo (4), em cidades do Paraná e de outros estados, uma série de manifestações contra a exploração de gás natural não convencional. A extração do gás de folhelho, mais conhecido como gás de xisto, é feita pela técnica do fraturamento hidráulico (“fracking”), que muitos consideram nociva ao meio ambiente e à saúde humana.
INFOGRÁFICO: entenda como funciona a técnica do fracking
Além de alertar para os riscos associados ao ciclo produtivo do combustível, o objetivo dos organizadores – a Coalizão Não Fracking Brasil (Coesus) e a ONG 350.org Brasil – é chamar atenção para a 13.ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marcada para a próxima quarta-feira (7).
O leilão da ANP vai oferecer 266 blocos exploratórios de petróleo e gás – 182 em terra e 84 em mar – em dez bacias sedimentares. Em seminário sobre o gás de xisto na última quarta-feira (30) em Brasília, o coordenador da Coesus, Juliano Bueno de Araújo, pediu que o Ministério Público Federal busque a suspensão da licitação.
O leilão da semana que vem não envolve áreas do Paraná, ao contrário da rodada anterior, realizada em novembro de 2013. Dos 72 blocos arrematados naquela licitação, 11 ficam no estado, distribuídos por 123 municípios de uma faixa que vai da Região Sudoeste até o Noroeste. Eles foram adquiridos pelas estatais Copel e Petrobras, e por parceiras privadas, mas nenhum trabalho de exploração do gás de xisto chegou a ser realizado no Paraná, porque os efeitos do leilão no estado estão suspensos pela Justiça Federal desde junho de 2014.