Em solidariedade com as milhões de pessoas que já sentem os impactos das mudanças climáticas, centenas de pessoas protestaram nos corredores das negociações de clima da ONU esta tarde para exigir que as nações não assinem uma “sentença de morte” em Durban.

O protesto encheu o salão de fora da sala principal de negociação em Durban, no momento em que a rodada da tarde estava agendada para começar. Em pé, lado a lado com os delegados de alguns dos países mais vulneráveis do mundo, representantes da sociedade civil cantaram canções tradicionais do sul-africanas liberdade e gritavam slogans como: “Escute o povo, não os poluidores”.

“Somos todos africanos. Somos todos pessoas das ilhas”, disse Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace International, nascido em Durban. Naidoo apelou diretamente aos Estados Unidos para sairem da frente se não querem progresso. “Presidente Obama, não dê ouvidos aos executivos das empresas de combustíveis fósseis. Ouça o povo”.

Nas últimas 48 horas, mais de 700.000 pessoas assinaram petições convocando os principais emissores a apoiarem as nações da África e resistirem a qualquer tentativa de atrasar a ação pelo clima até 2020. A maior parte das assinaturas vieram da Avaaz.org  que chamou os líderes do Brasil, China e Europa para “apoiar a África e enfrentar os EUA e outros países que procuram destruir as negociações de clima e o nosso planeta”.

“O mundo está em permanente solidariedade com aqueles aqui em Durban que estão agindo”, disse Iain Keith, da Avaaz. “Restam apenas algumas horas das negociações climáticas e o futuro de África e do planeta estão em jogo. A história julgará estes negociadores com base nas decisões que eles fizerem hoje à noite”.

A partir das 15h30 (horário de Durban), os manifestantes ainda enchiam o corredor do centro de conferência cantando e ouvindo discursos de ativistas e representantes de todo o mundo. Não sabemos se a segurança vai permitir que a reunião continue ao longo do dia ou vai evacuar a área.

“Qualquer acordo para atrasar a ação real pelo clima até 2020 seria uma sentença de morte para milhões de pessoas na África e em todo o mundo”, disse Landry Ninteretse da campanha internacional 350.org. “Estamos cansados ​​de esperar por avanços nas negociações.”