Mulheres que aspiram um mundo melhor, se uniram em Silves no Amazonas. Juntas, elas formam um coletivo de lideranças de populações tradicionais que acredita em um desenvolvimento sustentável, economicamente viável e socialmente justo e estão aprendendo sobre como tornar isso possível.

Lideradas por Márcia Ruth, presidente da ASPAC – Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultural, o Grupo de Mulheres da Resistência Amazônica reúne essas mulheres oferecendo formações de Direito, Cidadania, Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Transição Energética.

“A formalização desse grupo de mulheres, é uma vasta possibilidade de resistência na Amazônia Brasileira, não apenas no aspecto socioambiental mas também no ser mulher independente e empoderada de seus direitos e capacidades de desenvolver todo seu potencial criativo ofuscado por uma sociedade machista e excludente. Nosso grupo é formado por agricultoras, pescadoras, estudantes, artesãs, universitárias, aposentadas, e operárias urbanas. Todas sonhadoras de um mundo mais justo e solidário para as presentes e futuras gerações. Entendi comprometimento e determinação nas falas das participantes de fundação do grupo. Como disse a Marieth Chaves da comunidade de São José da Enseada do município de Itapiranga “estou muito contente e entusiasmada pelo retorno das atividades da ASPAC”, isso nos motiva em participar e continuar a luta na defesa da justiça climática social e ambiental, buscando alternativas econômicas de baixo impacto ambiental e sustentável. Marieth é um dos exemplos que o trabalho da ASPAC deu frutos. Pois com o formato de apoio da 350 estamos avançando na organização e fortalecimento da Resistência Amazônica aqui na região de Silves, Itapiranga e Itacoatiara, no combate a desinformação acerca dos riscos e danos ao meio ambiente físico e social causados pela exploração inadequada de petróleo e gás nessa região”, comenta Márcia Ruth

Para Luiz Afonso Rosário da 350.org Brasil, essa iniciativa é importante e vai fazer a diferença:

“A atuação das mulheres nas comunidades tradicionais faz toda a diferença e têm um papel importante na defesa do bem viver de suas famílias, no equilíbrio e na sustentabilidade das comunidades. Empodera-las com informações é dar ferramentas para que consigam conhecer seus direitos, exercitar sua cidadania, defender suas famílias, cultura, ancestralidade e seus territórios“.

Silves vem sendo alvo de grande discussão pois é onde funciona o Complexo do Azulão da Eneva que recentemente foi impedida de funcionar por irregularidades no processo de licença ambiental.

Livia Lie da 350.org América Latina