25 janeiro, 2017

Declaração da 350.org sobre as ordens executivas de Donald Trump sobre Keystone XL e Dakota Access

Washington, DC — Ontem, Donald Trump emitiu duas ordens executivas sobre os oleodutos de Keystone XL e Dakota Access.

Em resposta, o cofundador da 350.org, Bill McKibben, fez a seguinte declaração:

“Mais pessoas enviaram comentários ao governo contra Dakota Access e Keystone XL do que em relação a qualquer outro projeto na história. Climatologistas e vencedores do prêmio Nobel de todo o mundo já explicaram milhares de vezes porque essas iniciativas não são inteligentes e são imorais. E, em uma das suas primeiras ações como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ignora tudo isso, na sua avidez por servir a indústria do petróleo. Esse foi um dia negro, mas continuaremos a lutar”.

“Este não é o final da história. No último capítulo, a TransCanada estava tão confiante que eles literalmente cortaram a faixa onde planejavam construir o oleoduto – antes que o poder popular os detivesse. As pessoas vão se mobilizar novamente”.

A diretora executiva da 350.org, May Boeve, complementou:

“É evidente que o Trump não sabe o que está fazendo. Povos indígenas, proprietários de terras e ativistas climáticos fizeram todo o possível para frear o Keystone XL e o Dakota Access. E eles farão tudo outra vez! Essas ordens reinjetam energia na ampla e difundida oposição a esses oleodutos e outros projetos sujos. Trump está prestes a dar de cara com a resistência aos combustíveis fósseis”.

Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina, disse:

“Diante das câmeras, antes mesmo do segundo click, o aprendiz do caos climático protagonizou um show de violação dos direitos indígenas, assassinato do licenciamento ambiental e o empurrão do planeta terra ainda mais próximo das catástrofes ambientais. O começo da temporada demonstra que os próximos episódios serão cada vez mais ‘fósseis’. É um sinal claro de uma mudança na política energética americana que enfatiza e perpetua a dependência dos hidrocarbonetos. Que esse reality show não seja replicado no Brasil e na América Latina.”

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