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Global, 25 de setembro – Nesta sexta-feira, participantes de mais de 3.500 eventos, em cerca de 150 países, exigiram dos governos medidas urgentes para enfrentar a crise climática. As ações ocorreram no ambiente online e também tomaram espaços públicos de centenas de cidades ao redor do mundo, nos locais onde era possível seguir as orientações de prevenção e distanciamento social.
“O Fridays For Future e o movimento de jovens ativistas climáticos estão de novo em ação no mundo inteiro, de forma segura e seguindo as orientações relacionadas à COVID-19, para exigir que quem está no poder lide com a questão, reconhecendo a urgência da crise”, afirmou a ativista sueca Greta Thunberg.
No ano passado, milhões de pessoas saíram às ruas para exigir ações em prol do clima. Políticos e jornalistas celebraram a atuação dos jovens e os retrataram como “bastiões de esperança”. No entanto, com a inação desses mesmos líderes, nunca houve motivo para comemoração.
Para as pessoas que vivem nas áreas mais afetadas pela crise climática, o período entre as mobilizações globais de 2019 e as de 2020 foi de luta, e não de comemoração. Centenas de milhares de famílias tiveram que abandonar suas casas, perderam suas fontes de alimentos ou foram forçadas a se deslocar por causa de eventos climáticos extremos, como enchentes, secas, furacões e incêndios florestais. As mobilizações são um lembrete para quem está no poder: a emergência climática não desapareceu.
“A crise climática já está provocando um enorme impacto em comunidades como a minha, na África. Tempestades e inundações sem precedentes afetaram milhões de pessoas no continente africano, nas últimas semanas, resultando em mais de 200 mortos e centenas de milhares de desabrigados. Nos Estados Unidos há incêndios florestais devastadores. A crise climática não é algo que vai acontecer no futuro, é aqui e agora”, diz Kevin Mtai, jovem ativista pelo clima no Quênia.
Governantes precisam fazer mais, melhor e mais rapidamente
Cinco anos se passaram desde que governos nacionais assinaram tratados e documentos internacionais históricos como o Acordo de Paris, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030, que pressiona as lideranças para termos um mundo mais justo e sustentável até 2030. Essas propostas combinadas prometiam transformar o mundo, acabar com a pobreza, reduzir desigualdades, garantir a paz e enfrentar a crise climática. Até agora os países não entregaram o que prometeram, piorando os impactos dessa crise.
“A crise climática exige uma troca de marcha imediata em todas as áreas, para romper com tecnologias poluentes e indústrias intensivas em carbono. Precisamos que nossos governos socorram as pessoas e o planeta. Para isso, precisam investir nas soluções necessárias para uma recuperação justa, que evitem o colapso climático e, ao mesmo tempo, gerem bons empregos e melhorem a qualidade de vida nas comunidades mais vulneráveis”, diz May Boeve, diretora global da 350.org.
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Peri Dias
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