A maior mobilização climática de todos os tempos. Os organizadores estimam que mais de quatro milhões de pessoas foram às ruas na última sexta-feira, dia 20, iniciando uma semana de ações, na qual mais de 5.8 mil eventos serão realizados em mais de 160 países. Mais de 7 mil sites saíram do ar e 3 mil empresas fecharam suas portas em apoio à Mobilização Global pelo Clima.
As ações aconteceram em todo o mundo: de Jacarta a Nova York, de Carachi a Amã, de Berlim a Kampala, de Istambul a Quebec, de Guadalajara a Porto Alegre. Pela primeira vez na história, em grandes cidades e pequenos vilarejos, milhões de pessoas deram as mãos e somaram suas vozes em defesa do clima. As reivindicações foram tão diversas quanto as regiões de onde elas emergiram, mas com um pedido único e definitivo: ações reais para superar a crise climática.
“Nós vimos um movimento, formado por pessoas de todas as idades e origens, que se uniram para exigir ações em prol do clima. Não importam as diferenças entre nós, agora estamos juntos, lutando pelo nosso futuro”, conta a Diretora-Executiva da 350.org, May Boeve.
Para ela, as pessoas estão prontas para seguir em frente e fazer as mudanças que precisamos para um futuro livre de combustíveis fósseis, tendo como base a igualdade e a justiça climática.
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5.800 ações ocorreram em 163 países em todo o mundo
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73 entidades de classe e 820 organizações da sociedade civil demonstraram apoio
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3.024 empresas e 7.371 sites participaram da Mobilização Global Climática Digital
As manifestações do dia 20 marcaram o início de uma mobilização global que segue até o dia 27 de setembro, na próxima sexta-feira. A semana de protestos acompanha a Cúpula do Clima da ONU, que inicia hoje (23), reunindo líderes mundiais em uma tentativa de acelerar ações reais para implementar o Acordo de Paris e enfrentar os desafios da crise climática.
A participante do Fridays for Future Chile, Angela Valenzuela, está dentro da Mobilização Global pelo Clima para exigir ações ambiciosas por um futuro abaixo de 1,5ºC. “Nos últimos dez anos, 14 novas usinas de carvão foram abertas no Chile – a última delas, inaugurada neste ano. Exigimos o fechamento das usinas chilenas até 2030 e um plano claro rumo à neutralidade de carbono até 2050, que tenha a justiça climática como base”, explica.
“Demonstramos que estamos preparados para agir. Agora os governos precisam nos acompanhar para agir na fonte das chamas que estão engolindo nosso planeta: os combustíveis fósseis. E eles precisam provar suas intenções de forma concreta: Quais são os planos para abandonar a produção e extração de carvão, petróleo e gás? Quais prazos foram definidos e como a transição será financiada, de modo que seja justa para todos?”, questiona May.
A diretora-executiva da 350.org ainda aponta que as manifestações de setembro estão nos fazendo entrar na “década do clima”. “Os próximos 10 anos são cruciais para implementar as mudanças necessárias, de modo a enfrentar a crise climática e criar um mundo melhor”. O recado que fica é que não há mais tempo a perder e é necessário manter essa energia mobilizada para enfrentar a época mais desafiadora de quem está na terra.
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