Nos dias 9, 10, 11 e 12 de novembro acontecerá, em Paris, o evento Finance in Common. Lá estarão representantes dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, responsáveis por manejar  US$ 2 trilhões de dinheiro público, inclusive o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Essa será a primeira cúpula global de instituições de financiamento público destinada para a abordar a necessidade comum de construir novas formas de prosperidade, de modo que as pessoas e o planeta sejam prioridade. 

Por isso, nós estaremos lá – e ao redor de todo o mundo – lembrando os investidores que o dinheiro público deve ser utilizado para uma #RecuperaçãoJusta, e que isso não é possível se eles continuarem investindo nas indústrias poluidoras que nos trouxeram à atual emergência climática. 

 

Nosso pedido é claro:

“USEM O DINHEIRO PÚBLICO PARA UMA RECUPERAÇÃO JUSTA.

PAREM DE FINANCIAR OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.” 

Na América Latina:

A 350.org participa de um movimento global pedindo para que o presidente da França, Emmanuel Macron, que vem discursando fortemente sobre o combate às mudanças climáticas, tome uma atitude concoreta impedindo a petroleira Total de explorar petróleo fora da França. A Total há tempos explora combustíveis fósseis na América Latina, Ártico e África, com forte histórico na Argentina, e em Moçambique, além de tentativas na Amazônia. 

Assine essa petição global para pedir a Macron que não financie a Total

A Climate Action Network América Latina (CAN-LA) e outras organizações também estão com inciativas fortes para o #FinanceInCommon2020 como a campanha #DerechosHumanosEnComun. Para saber mais, siga o Twitter da CAN-LA: @CAN_LA_ 

As ações estão extremamente ligadas pelo simples fato de que quando os bancos decidem pegar o dinheiro dos nossos impostos e financiar os combustíveis fósseis, há uma enorme chance de que acontecerão violações de direitos humanos, especialmente em países como Colombia, Brasil, Argentina e outros da América Latina. Veja aqui o relatório “Violações dos Direitos Humanos pela Indústria Fóssil”

 

No Brasil: 

A 350.org Brasil chama a atenção do BNDES, que financiou mais de 90 bilhões de reais em combustíveis fósseis nos últimos dez anos, e está preconizando um baixo financiamento para as energias renováveis.

Nosso chamado é especialmente ao diretor Petrônio Cançado, responsável por definir quanto será destinado para financiar pequenas e médias empresas e quanto será destinado para financiar a indústria dos combustíveis fósseis. 

Se você acredita que o BNDES deve apoiar os pequenos e médios negócios para prosperar o país, e parar de financiar as petroleiras que poluem e aceleram o aquecimento global, assine aqui!

Você pode também enviar um tuíte para o @bndes pedindo para que o banco PARE DE FINANCIAR OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS!

Vamos juntxs? 

 

Ação em frente ao BNDES

Na manhã do dia 12, a 350 Brasil e a AHOMAR – Associação Homens e Mulheres do Mar, fizeram juntos uma ação em frente ao BNDES. 

 

 

“O país enfrenta uma grave crise econômica, provocada pela pandemia, e uma severa crise ambiental, agravada pelas mudanças climáticas, como mostram os incêndios recentes no Pantanal. É urgente que o BNDES e outros bancos de desenvolvimento parem de queimar o dinheiro do cidadão em setores que só pioram a emergência climática e concentram lucros nas mãos de poucas grandes empresas”, afirma Ilan Zugman, diretor da 350.org na América Latina.

Ativistas ambientais também realizaram protestos pelo fim do financiamento às energias sujas em Paris, Manila (Filipinas) e Abuja (Nigéria), como parte de uma semana de mobilizações para exigir que os bancos de desenvolvimento contribuam com a recuperação justa da economia global  frente à pandemia de Covid-19.

As ações ocorreram simultaneamente à cúpula Finance in Common, primeiro encontro internacional de representantes de cerca de 450 bancos de desenvolvimento, com a finalidade de discutir medidas coordenadas de estímulo à economia e enfrentamento às mudanças climáticas.

 

Contato para a imprensa

Peri Dias
Comunicação da 350.org na América Latina
[email protected] / +591 7899-2202

 

Por: Livia Lie – Digital Campaigner da 350.org