Ao mesmo tempo em que estão marchando em busca da justiça climática e pelo fim da era dos combustíveis fósseis nas Mobilizações Globais pelo Clima, as pessoas estão demonstrando sua solidariedade com uma comunidade indígena, localizada no município de Charqueadas, que fica a pouco mais de 50 quilômetros de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Nas últimas semanas, o cacique da aldeia Guajayvi do povo Mbya Guarani, Cláudio Acosta, recebeu uma ameaça de morte, feita por homens desconhecidos. Na quinta-feira (19), Acosta registrou boletim de ocorrência na 17ª Delegacia de Polícia Regional do Interior e protocolou uma representação junto ao Ministério Público Federal, em Charqueadas (RS), para pedir às autoridades da região que protejam sua vida e a de outros integrantes da comunidade indígena.
As ameaças surgem em um momento em que Acosta e a comunidade da aldeia se opõem ao projeto Mina Guaíba, que visa a implantar a maior mina de carvão a céu aberto da América Latina a menos de 3 quilômetros da comunidade. A Copelmi, responsável pelo projeto, é a maior empresa privada de mineração de carvão no Brasil.
Segundo o cacique Acosta, foi a primeira vez que a aldeia recebeu ameaças.
“Não tenho quase nenhuma dúvida de que isso está relacionado ao fato de que, há pouco tempo, fomos ao Ministério Público de Porto Alegre para rejeitar a inclusão de nossas aldeias no projeto da mina de Guaíba”, diz.
A Mina Guaíba está em fase de licenciamento ambiental e os povos indígenas não foram incluídos nos estudos. “A defesa dos legítimos direitos do Povo Guarani exige que sejam incluídos nos estudos ambientais e consultados previamente, livres e informados, como exige a lei”, disse Luiz Afonso Rosário, da 350.org Brasil. Isso significa que eles têm todo o direito de recusar que a mina prossiga em suas terras.
O poder da nossa solidariedade pode colocar a luta dos Mbya Guarani no centro das atenções globais: eles são os Defensores do Clima que estão na linha de frente, e como movimento global, estamos com eles.
Brasil, Estados Unidos, Ucrânia, Nova Zelândia, África do Sul, Alemanha e Turquia – estes são apenas alguns dos países que já demonstraram solidariedade. Confira quem já está participando da ação:
Clique aqui para baixar um cartaz com o qual você pode tirar sua própria foto de solidariedade. Publique nas redes sociais com as hashtags #ProtectClimateDefenders #CarvãoAquiNão
Texto sugerido:
Eu estou junto com o Povo Mbya Guarani que está recebendo ameaças de morte ao resistir à mina Guaíba #ProtectClimateDefenders #CarvãoAquiNão
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