A equipe da 350.org está no Mato Grosso do Sul passando por diversos municípios do cone sul e do Vale do Ivinhema.

A região toda é conhecida por seu grande potencial agropecuário, e de agricultura familiar. Na ocasião, Suelita Rocker, coordenadora da campanha Não Fracking Brasil pela 350.org, conversou com o vereador João Francisco de Novo Horizonte do Sul e entregou a ele o projeto de lei para banir o fracking da região.

“Ficamos agradecidos pelo vereador Chiquinho ter nos recebido. Esse projeto de lei anti-fracking vai garantir que a região fique protegida dos malefícios causados pela exploração do gás de xisto, também conhecido como “gás da morte”, disse Suelita. Esse nome, gás da morte, foi dado porque para extrair o petróleo e o gás, as petroleiras contaminam todo o solo e a água da região. No caso de áreas de agricultura e pecuária,  acabam por contaminar toda a produção e muitos animais acabam morrendo também”, completou.

Suelita citou o caso dos produtores de maçãs na Argentina que foram fortemente prejudicados pelo fracking, perdendo mercado para as maçãs Chilenas que passaram a etiquetar seus produtos como “livres de fracking.

“Nossa região é rica em agricultura familiar, cana de açúcar e gado. Fiquei espantado com a destruição que esse tipo de exploração pode causar. Para nós seria um problema enorme, creio que uma audiência pública na região seja necessária para nos aprofundarmos nisso.”, falou o Vereador João Francisco.

Suelita continuou sua sabatina, dando entrevista na Rádio Nova FM e visitando outros municípios do Vale do Ivinhema, mobilizando um Seminário e uma Audiência Pública sobre o tema na região com datas a serem confirmadas em breve.

Em sua passagem, também revisitou algumas regiões as quais já foram entregues o projeto de Lei Anti-fracking anteriormente, e lembrou que, independente do próximo candidato eleito: “Ter a lei nos municípios garantirá a saúde e a economia da região. Pois ambos os presidenciáveis olham para o lado das petroleiras estrangeiras e acabam apoiando o método sem considerar os malefícios à população local.”