O III Simpósio de Saúde Planetária de Porto Alegre propiciou palestras e debates públicos com renomados professores e especialistas internacionais em Saúde Ambiental das áreas da Justiça, Geologia, Medicina, e outros. Por consequência, julgamos imperativo tornar público as considerações:

a) Graves falhas na EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) da Mina Guaíba, como: i) Não inclusão do município de Porto Alegre na  região de impacto ambiental indireto da mineração localizada a apenas 16 km do centro da cidade; ii) Subestimação na exposição dos reais custos sociais, ambientais e econômicos do projeto;  iii) Não apresentar a composição química elementar do carvão mineral;

b) O risco de contaminação por metais pesados na água da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA);

c) O risco de emissão de “poeira fina” oriunda das explosões da mineração que poderiam aumentar a ocorrência de infartos do coração, “derrames” (AVCs), demência, asma, câncer de pulmão, pneumonia infantil, partos prematuros e baixo peso ao nascer, entre outras, e impactos nos atendimentos nas UBS, pronto atendimentos e hospitais;

d) A ausência de Avaliação de Impacto à Saúde (AIS) aos 4,3 milhões de habitantes da RMPA;

e) A proximidade perigosa ao Parque Estadual do Delta do Jacuí –  “filtro” da água potável da RMPA;

f) A emergência climática;

Em face disso, alertamos para os graves riscos à saúde pela danosa poluição que resultaria do projeto da Mina Guaíba e Polo Carboquímico.

Participantes do III Simpósio de Saúde Planetária de Porto Alegre

 

Veja Também:

A maior mina a céu aberto da América Latina vai ficar no chão – 4,5Gt de CO2 a menos na conta do planeta