
Crédito: Observatório do Marajó
Pasta com fotos e vídeos – crédito no nome das pastas
Belém, 5 de novembro de 2025 – Às vésperas da Cúpula dos Presidentes da COP30, uma faixa aberta por um barco na Baía do Guajará deu as boas-vindas – e também um alerta – aos chefes de Estado e delegações que chegam a Belém. Com a mensagem “COP30: Bem-vindos ao fim da Amazônia livre de petróleo e gás” (em português e em inglês), o ato usou da ironia para denunciar a contradição entre o discurso climático do governo brasileiro e a recente aprovação da licença para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
Organizada por comunidades marajoaras, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas, a ação evidencia os desafios históricos da região – da desigualdade social à expansão do petróleo – e reivindica uma transição energética justa, popular e livre de fósseis, que garanta soberania e dignidade aos povos da floresta.
“Abrimos faixas, mas também abrimos caminhos. A Amazônia fala por seus rios e por seu povo, pedindo luz, justiça e preservação. Queremos uma transição energética que seja justa e popular, que leve energia limpa e acessível a quem ainda vive no escuro, sem aumentar desigualdades nem destruir a floresta. Nossas faixas são o lembrete de que o futuro precisa ser construído com quem vive aqui, com o povo marajoara, com as vozes da floresta, com todos que resistem e mantêm a Amazônia viva.”
– Ediele Lima, liderança de Melgaço (Marajó, Pará)
A intervenção marca o início da Cúpula com um apelo direto: o tom das negociações precisa começar pelos próprios líderes, com coragem para enfrentar as contradições da Amazônia e do modelo energético global.
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