Município gaúcho é o único do país com menos de 30 mil habitantes a integrar o calendário de mobilizações
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Nesta sexta-feira (24), jovens de todo o mundo tomarão as ruas e os espaços virtuais, como parte da Marcha Global pelo Clima, que tem o objetivo de exigir dos governantes ações mais ousadas para a resolução da crise climática.
No Rio Grande do Sul, ativistas de todo o estado estarão concentrados em São Sepé, município que será o único do Brasil com menos de 30 mil habitantes a integrar o calendário de mobilizações divulgado pelo grupo Fridays for Future (FFF).
Pelas redes sociais e em visitas a escolas de vários municípios, o Eco pelo Clima e outros grupos de jovens ativistas estão convidando os moradores de São Sepé e de todo o Rio Grande do Sul a comparecer à Praça das Mercês, ao meio-dia, para participar de oficinas de criação de cartazes e debates públicos sobre a questão climática. Manifestantes de municípios como Porto Alegre, Pelotas, Viamão, Santa Maria, Lajeado, Cruzeiro do Sul e Imbé já confirmaram presença.
Às 15h, os ativistas marcharão pela cidade, levando placas e faixas, e receberão, ao fim da manifestação, mudas de árvores nativas. Durante todo o período, os organizadores lembrarão aos participantes da necessidade do uso de máscaras e álcool em gel como medidas de proteção contra a Covid-19.
A mobilização em São Sepé conta com o apoio da 350.org, organização global de campanhas pelo clima, que já colaborou com o município na declaração de emergência climática realizada pela Prefeitura em 5 de junho deste ano. Por meio de um decreto, o prefeito João Luiz Vargas estabeleceu o compromisso municipal de promover a transição para uma economia livre de combustíveis fósseis, isto é, sem petróleo, gás e carvão, e o investimento em mitigação e adaptação às mudanças do clima.
Na esfera global, a Marcha pelo Clima deve reunir centenas de milhares de manifestantes, em mais de 100 países, sob o tema “descolonizar o sistema”. O Fridays for Future Brasil explica que o recado é de que “não é possível combater o colapso climático permanecendo em uma lógica colonialista, que explora a natureza e os seres humanos. É preciso um olhar interseccional que, o quanto antes, combata as crises socioeconômica e climática de forma conjunta”.
Mais informações
- Leia o comunicado de imprensa do Fridays for Future Brasil
Contato na 350.org
Peri Dias
Gerente de Comunicação para a América Latina
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