28 fevereiro, 2022

Reações ao relatório do IPCC divulgado nesta segunda-feira

350.org e líderes de comunidades brasileiras afetadas pelas mudanças climáticas reagiram, nesta segunda-feira (28/02), ao lançamento do segundo volume do Sexto Relatório de Avaliação (AR6) do IPCC, o painel científico do clima das Nações Unidas.

Aspas

Ilan Zugman, diretor da 350.org na América Latina

“O IPCC destacou que cerca de 3,5 bilhões de pessoas vivem em regiões de alta vulnerabilidade aos impactos da crise climática, incluindo diversos locais na América do Sul. Esse é um alerta fundamental sobre a urgência de o Brasil se preparar imediatamente para as mudanças que virão, seja investindo em melhores políticas de habitação, produção de alimentos, infraestrutura e prevenção de desastres, seja contribuindo de forma muito mais intensa para a substituição do petróleo, do gás e do carvão por fontes limpas e socialmente justas de energia”.

Renata Padilha, do Eco pelo Clima, grupo gaúcho de jovens ativistas pelo clima

“As evidências que o IPCC apresenta são assustadoras, mas há uma geração inteira de jovens ativistas lutando para transformar a ansiedade sobre o futuro do planeta em ação pelo clima. Pressionar os governos e as empresas é o caminho para sairmos do catastrofismo e chegarmos a um ponto em que, coletivamente, podemos evitar os piores cenários”.

Alexandre Anderson, pescador artesanal e presidente da Associação dos Homens de Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), organização dos pescadores afetados pelos setores de petróleo e gás na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

“Quem vive nas comunidades mais vulneráveis do Rio de Janeiro já sente o impacto dos combustíveis fósseis e da crise climática diariamente, seja pelos deslizamentos que surgem com os temporais extremos, seja pelos vazamentos de óleo que dificultam a pesca. Essa realidade já chegou e vai ficar pior, se os governos não fizerem nada”.

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