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O agora ex-ministro Ricardo Salles, finalmente pede demissão após denúncias e investigações sobre suas condutas no cargo.

Sua nomeação foi polêmica mesmo antes, uma vez que antes de assumir como Ministro foi acusado pelo MP de fraudar processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, quando foi secretário estadual de SP. Assim que tornou-se Ministro, no entanto, foi absolvido.

No início da pandemia, Salles sugeriu a Bolsonaro que o governo deveria aproveitar a pandemia da Covid-19 para “ir passando a boiada”, e alterar regras ambientais. E assim vem cumprindo!

Dessa vez, Ricardo Salles é alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira. Mas lembramos que o retrocesso vêm acontecendo há alguns anos.

A Ascema Nacional elaborou um dossiê com uma lista de ações de desmonte do Governo nesses últimos anos. Dá uma olhada nesse show de horror!
Precisamos continuar acompanhando! Pois foram vários golpes contra o meio ambiente ao longo desses anos, e mais do que sair do cargo, Salles e outros ao seu redor precisam ser responsabilizado por seus atos.

Quem assume?

Joaquim Álvaro Pereira Leite e Jair Bolsonaro - Reprodução

Joaquim Álvaro Pereira Leite e Jair Bolsonaro – Reprodução

 

No lugar de Ricardo Salles, quem assumirá o cargo é Joaquim Álvaro Pereira Leite, que já fazia parte da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais. Leite é ex-conselheiro de uma entidade ruralista, a Sociedade Rural Brasileira (SRB), sendo um dos mais antigos integrantes, pois atuou por 23 anos e chegou a ocupar cargos diretivos na entidade que apoia a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), conhecida como bancada ruralista.

Além disso, segundo reportagem do G1, Joaquim Álvaro Pereira Leite integra uma família tradicional de fazendeiros de café de São Paulo que pleiteia um pedaço da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. E, segundo um documento da Funai (Fundação Nacional do Índio), capatazes a serviço da família chegaram a destruir a casa de uma família indígena ao tentar expulsá-la do território reclamado. A terra indígena fica nos municípios de São Paulo e Osasco e é a menor do país, com 532 hectares e nela moram 534 indígenas dos povos Guarani Mbya e Ñandeva, segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo.

Continuemos atentos!