BASTA DE

FINANÇAS FÓSSEIS!

Lucrar com a emergência climática não é certo! Em apenas cinco anos, os bancos destinaram 3,8 TRILHÕES DE DÓLARES aos setores de petróleo, gás e carvão. Estamos atuando para que essa montanha de dinheiro seja redirecionada AGORA para uma sociedade mais justa, no Brasil e no mundo todo. Junte-se a nós!

Enquanto milhões de pessoas, no mundo inteiro, têm suas casas e terras destruídas por incêndios, secas e dilúvios cada vez mais intensos, por causa da crise climática, os bancos seguem lucrando horrores com o financiamento a projetos de petróleo, gás e carvão. Mas são essas as energias sujas que causam a crise climática e prejudicam, principalmente, as famílias mais pobres! Isso parece justo para você?

Francamente, nós achamos que as finanças fósseis, esse fluxo financeiro que agrava os desastres naturais, são um absurdo! E não estamos falando de pouco dinheiro. De 2016, ano em que o Acordo de Paris entrou em vigor, a 2020, os bancos despejaram 3,8 trilhões de dólares nos setores de petróleo, gás e carvão, segundo o relatório Banking on Climate Chaos 2021. 

O valor é tão alto que fica até difícil para nós, cidadãos comuns, imaginarmos o que essa montanha de dinheiro representa. Só para dar uma ideia, é bem mais do que o dobro do PIB do Brasil em 2020, ou seja, mais de duas vezes toda a riqueza que 212 milhões de brasileiros produziram. Para os combustíveis fósseis, que estão incendiando o mundo, sobram recursos, porque os bancos sabem que vão lucrar muito, ainda que o preço disso seja a desgraça ambiental e social. Mas vá a um banco tentar financiar uma casa para sua família, para ver como é difícil…

E qual é a solução?

Imagine se esses trilhões de dólares fossem redirecionados para projetos e atividades que ajudem as pessoas a viver melhor – e que também podem ser financeiramente interessantes. Por exemplo, programas de incentivo a moradias a preços mais acessíveis, educação inclusiva de qualidade e transição energética justa, para podermos substituir o petróleo, o carvão e o gás por energias limpas, mais baratas e que respeitem os direitos das comunidades. Não seria lindo? É isso que estamos exigindo das instituições financeiras e dos governos que regulam esse mercado.

Pode parecer inatingível, mas essa mudança já está acontecendo. Bancos e fundos em dezenas de países, inclusive algumas das maiores empresas em seu setor, já anunciaram medidas para redirecionar seus investimentos. Essas companhias, como todas as outras, têm que escutar a sociedade se quiserem sobreviver no longo prazo. Além disso, bancos centrais e governos começam a se mover no sentido de regular e orientar investimentos de forte impacto socioambiental e climático. Com a pressão de mais cidadãos, como você, podemos acelerar e ampliar esse movimento!

Há exemplos brasileiros?

No Brasil, os bancos Safra, BTG Pactual e Caixa Econômica Federal são os três maiores apoiadores financeiros das empresas de petróleo e gás, segundo o Guia dos Bancos Responsáveis. Na sequência, estão BV, Bradesco e Itaú. São instituições que adoram anunciar suas políticas ESG ou ASG (ambientais, sociais e de governança), mas que não vacilam na hora de lucrar com o caos ambiental. 

Assim, esses bancos agravam as mudanças climáticas, o desmatamento, a desigualdade social e os impactos diretos às comunidades tradicionais. Aliás, no mercado financeiro todo, há muitas lacunas e poucos avanços: os nove maiores bancos do Brasil promovem ações socioambientais insuficientes e seguem investindo em combustíveis fósseis. Isso precisa ACABAR!

Nossas duas campanhas no Brasil

 

Foto: Lucas Landau

BNDES, bora financiar desenvolvimento real?

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já mostrou avanços em suas políticas de crédito desde que começamos nossas campanhas, mas precisa avançar muito mais. Veja só como foi.

Em agosto de 2020, a 350.org e outras 49 organizações publicaram uma carta aberta ao BNDES, em que cobravam do banco, entre outros pontos, o alinhamento de suas políticas com os valores de uma reconstrução econômica justa no pós-pandemia.

Alguns meses depois, em novembro de 2020, a 350.org e a Associação dos Homens e Mulheres do Mar da Baía da Guanabara (Ahomar) realizaram um protesto na frente da sede do BNDES, na região central do Rio de Janeiro, com a demanda específica de que o banco parasse de financiar a expansão dos setores de petróleo, gás e carvão. Manifestantes seguravam um cheque gigante, que fazia referência aos mais de R$ 90 bilhões que o BNDES destinou a combustíveis fósseis, entre 2009 e 2019.

Pressionado por ações como essas, de vários atores da sociedade civil brasileira, e pela crescente relevância das políticas de ESG no cenário global, o BNDES confirmou, em 27 de julho de 2021, que não dará mais crédito para usinas térmicas a carvão.

Depois dessa vitória do movimento socioambiental, nossa campanha continua, agora para exigir que o BNDES pare de investir em todo e qualquer projeto de combustíveis fósseis.

 

Ei, BTG, colonialismo não combina com você!

Foto: Lucas Landau

Apesar de se dizer um banco de referência em políticas ESG, ou seja, responsável nos aspectos ambiental, social e de governança, o banco BTG Pactual, é um dos maiores acionistas da Eneva, empresa que explora e produz petróleo e gás natural na Amazônia e dona de duas termelétricas a carvão, um combustível poluente, pouco eficiente e péssimo para o clima.

Financiar a exploração de petróleo e gás na Amazônia e a queima de carvão é o oposto de ser ESG. Para ficar em uma só razão: um estudo divulgado pela 350.org, em 2020, mostrou que a produção de petróleo e gás nos 16 blocos amazônicos leiloados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) naquele ano poderia provocar ou agravar impactos socioambientais consideráveis, como desmatamento, invasões e conflitos, em 47 Terras Indígenas e 22 Unidades de Conservação do entorno desses blocos. Desses 16 blocos, três foram comprados pela Eneva. O BTG Pactual, dono de 22% da Eneva, diz se importar com a sustentabilidade, mas mantém seus investimentos na destruição da Amazônia.

Para apontar essa contradição, a 350.org, a Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (COIPAM) e a Federação do Povo Huni Kui do Estado do Acre (FEPHAC) realizaram juntas, durante a COP26, em novembro de 2021, uma manifestação em frente ao prédio do BTG Pactual, em São Paulo. Com a exigência de que o banco retirasse sua participação na Eneva, as organizações atraíram agências internacionais de notícias, que cobriram a ação, e entregaram a representantes do BTG Pactual uma carta assinada por líderes indígenas e destinada ao CEO do banco, Roberto Salloutti. Entre os signatários da carta estavam o coordenador da COIPAM, Cacique Jonas Mura, e o presidente da FEPHAC, Ninawá Huni Kui.

Depois dessa ação, seguimos exigindo um posicionamento do banco, que recebeu a carta, mas não tomou nenhuma atitude para mudar suas políticas, discutir alternativas ou sequer ouvir as comunidades afetadas pelos combustíveis fósseis. Fica a impressão de que as escolhas do BTG, uma instituição que se vende como arrojada e moderna, espelham, na verdade, uma mentalidade colonialista do passado.

Foto: Lucas Landau

 

“Eles financiam essas empresas que chegam em nossos territórios e vão desmatando tudo. Atingindo os rios. Deixando as águas poluídas. Os peixes das águas vão se afastando. As caças da mata também. Isso tudo vem atingindo diretamente nossa população, que conta com 1,5 mil indígenas no município de Silves (AM). Então é por isso que estamos aqui, para pedir para esses bancos que parem de investir nessas empresas, pois elas estão nos prejudicando. Esperamos ter um bom resultado desse recado que foi dado.” – Cacique Jonas Mura, Coordenador da Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (COIPAM)

Confira como foi a ação da 350.org e parceiros em frente ao BTG Pactual, em São Paulo:

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Diga aos bancos brasileiros:

Basta de finanças fósseis!

É inaceitável que bancos continuem a lucrar com a destruição do meio ambiente e enganem ativamente as pessoas comuns que investem seu dinheiro em mentiras.

A tecnologia para produzir energia limpa já é economicamente viável e, em muitos casos, até mais barata do que as da velha indústria fóssil, mas quem tem ativos investidos em gás, petróleo e carvão não quer deixar de seguir lucrando no curto prazo, mesmo que o mundo literalmente queime por causa disso!

Assine a petição e exija que os bancos brasileiros destinem seus investimentos AGORA para uma transição justa em todos os lugares. #BastadeFinançasFósseis

É inaceitável que bancos continuem a lucrar com a destruição do meio ambiente e enganem ativamente as pessoas comuns que investem seu dinheiro em mentiras.

A tecnologia para produzir energia limpa já é economicamente viável e, em muitos casos, até mais barata do que as da velha indústria fóssil, mas quem tem ativos investidos em gás, petróleo e carvão não quer deixar de seguir lucrando no curto prazo, mesmo que o mundo literalmente queime por causa disso!

Assine a petição e exija que os bancos brasileiros destinem seus investimentos AGORA para uma transição justa em todos os lugares. #BastadeFinançasFósseis

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Por que não focamos nas empresas diretamente?

Não focamos em pressionar as empresas de combustíveis fósseis diretamente porque suas promessas são vazias e há pouca esperança de que mudem, diante de um histórico tão nocivo. Queremos, porém, que elas sintam as consequências de seus atos da forma que, para elas, é a que mais importa: em seus resultados financeiros. Ao remover ou restringir o acesso a financiamento, tornamos mais caro para elas obterem dinheiro de que precisam para manter seu negócio de combustíveis fósseis em andamento.

Por que estamos indo atrás dos bancos?

A indústria de combustíveis fósseis depende do dinheiro que recebe dos bancos comerciais: elas precisam de investimentos e financiamento de projetos para manter seus negócios de petróleo, gás e carvão em funcionamento. Focar nos bancos, exigindo a retirada desses investimentos, afeta diretamente a sobrevivência desses setores. Além disso, exigimos que esse investimento seja redirecionado para energias renováveis e setores que contribuam para uma sociedade mais justa e inclusiva.