*Com informações da Climáximo
O 3º Encontro Nacional pela Justiça Climática, realizado neste domingo (11) na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal, reuniu ativistas e acadêmicos de mais de 20 movimentos sociais, organizações e sindicatos para discutir alguns dos temas centrais da luta pela justiça social no combate às alterações climáticas. Dos incêndios florestais às lutas contra os combustíveis fósseis na Alemanha, no Reino Unido e no Brasil, o encontro discutiu ‘linhas vermelhas‘ para o futuro.
Os principais temas em discussão foram a ligação entre as alterações climáticas e uma floresta eucaliptizada que produziu os incêndios catastróficos de 2017, a ameaça de realização de mineração submarina nos mares dos Açores, o impacto dos novos mecanismos do comércio internacional (Tribunal Multilateral de Investimento) na injustiça climática, a necessária relação entre o combate às alterações climáticas e a promoção dos transportes públicos, as ameaças de exploração de combustíveis fósseis em Portugal, as alternativas energéticas e as imigrações ligadas às alterações climáticas.
O evento terminou com uma sessão ilustrativa de experiências de confrontos sociais de grande intensidade no combate ao fracking e à exploração de petróleo no Brasil e na América Latina, no Reino Unido e no combate ao carvão na Alemanha, com representantes internacionais da 350.org Brasil, da Coalizão Não Fracking Brasil e da COESUS Latinoamericana contra o fracking, além dos movimentos Reclaim The Power, do Reino Unido, e Ende Gelände, da Alemanha.
Entre as principais decisões do encontro nacional ficou a garantia de um combate decisivo pelo fim dos contratos de exploração de petróleo e gás em Portugal, começando com o bloco de Aljezur, das empresas GALP e ENI, autorizado recentemente pelo governo português. Os ativistas presentes se comprometeram a realizar ações concretas contra a sua realização, a ser anunciadas nas próximas semanas.