A nota afirma que “organizações da sociedade civil e movimentos sociais têm um histórico significativo de ativismo em defesa dos mais diversos direitos no Brasil.
Segundo estudo realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), em 2017 existiam no país mais de 820 mil ONGs, atuando por melhores condições na educação, na saúde, por liberdades individuais e igualdade no acesso a direitos, pelo acesso à informação e a liberdade de expressão, pela dignidade no trabalho, pelo direito das crianças e adolescentes, pelo respeito ao meio ambiente, entre tantas outras pautas. O Brasil também é reconhecido internacionalmente por sua forte rede de voluntariado, que articula milhões de cidadãos e cidadãs que dedicam parte de seu tempo para construir uma sociedade mais justa, mais igualitária, na qual a população mais carente tenha acesso a direitos básicos fundamentais, muitas vezes não garantidos pelo Estado. Este trabalho também é reconhecido como ativismo.
A ação desses ativistas tem sido fundamental para a melhoria das condições de vida no país e para o avanço na conquista de direitos. Organizações e movimentos são atores estratégicos na contribuição para a formulação de políticas públicas, na elaboração de leis importantes para o país, na fiscalização do poder público do ponto de vista orçamentário, na cobrança pela execução de políticas e programas de governo.
350.org Brasil têm atuado também na defesa do interesse público no tocante à sustentabilidade ambiental do país, pela promoção de energias renováveis e mitigação das causas das emissões de gases que aquecem o planeta ocasionando as mudanças do clima. Cientistas de todo o mundo recomendara, em relatório da ONU divulgado recentemente, que o mundo precisará reduzir em 45% as emissões desses gases até 2030 para evitar impactos às atividades humanas, à agricultura, ao abastecimento de água, entre outros. “A atuação de todas as pessoas e grupos da sociedade é importante, e um dever constitucional associado ao direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. Assim, o ativismo de integrantes, voluntários e parceiros deve ser valorizado pois constitui-se como contribuição à prosperidade social e ao equilíbrio ambiental global” diz Rubens Born, coordenador interino da 350.org Brasil e América Latina.