Participantes de mobilização pela proteção da floresta seguram cartazes pela transição energética, nas ruas de Belém, durante a Cúpula da Amazônia. Foto: @nayjinknss @anamendes_anamendes

 

Já parou para pensar no dinheiro e como ele impacta toda a sociedade em diversos níveis? Ele não apenas funciona como uma unidade de troca, mas também como um agente de poder e influência. 

Se por um lado o dinheiro direciona empresas de combustíveís fósseis por meio de seus lucros e ações, do outro lado, está impactando a vida de pessoas ao extrair mais petróleo,  gás e carvão do subsolo. De um lado, jornais publicam sobre lucros em grandes empresas como Petrobras, Shell, Exxon Mobil, entre outros, acabam fazendo publicidade para que investidores coloquem seu dinheiro nessas empresas por meio de ações que com lucros ainda maiores, essas empresas conseguem pagar por ainda mais espaço nesses jornais e um ciclo se forma. Do outro lado, famílias de pequenos agricultores, pescadores artesanais, povos indígenas, quilombolas, são deslocados ou espremidos em seus territórios para dar espaço ao progresso das pessoas que estão do lado oposto. 

No meio desses dois opostos estão o sistema financeiro e governamental, composto por governo, bancos, seguradoras, fundos de investimento e nações que alocam recursos em diferentes empreendimentos. Essas instituições detém o poder para direcionar o fluxo do dinheiro e consequentemente moldar o futuro da nossa sociedade. De forma simplesta e prática: Investir em uma empresa de combustíveis fósseis, ou iniciar uma transição energética justa liderada por pessoas de comunidades?

A necessidade de uma transição energética justa é inegável. Mas mais do que isso, nós precisamos de uma transição energética liderada pelas pessoas que até agora só sofreram com as consequências do sistema financeiro imposto pelo outro lado da moeda. Transição energética justa precisa incluir a todos de forma que desafie o sistema atual, promova a responsabilização pelas ações passadas compensando as comunidades impactadas. 

Se o dinheiro da indústria de combustíveis fósseis fosse cortado, sua capacidade de continuar a contribuir para o aquecimento global seria muito menor. E se os bancos e o governo fossem capazes de redirecionar esses recursos financeiros para soluções renovavéis, emitiremos menos carbono na atmosfera e conseguiríamos manter o planeta a 1.5 graus celsius. 

Quanto mais pessoas como você, se posicionar dizendo aos bancos e ao governo que é contra o sistema financeiro que apoia a indústria dos combustíveis fósseis, mais rápido eles serão obrigados a investir em transição energética. 

E é por isso que não podemos parar por aqui!

Vamos nessa? 

Assine a petição que pede pelo fim dos subsídios dos combustíveis fósseis

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Livia Lie – 350.org América Latina
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