Seguindo a agenda do Dia dos Povos Indígenas, comemorado no dia 9 de agosto, essa semana em Brasília ocorrerá a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas. 

Desde domingo lideranças femininas vindas de norte a Sul do Brasil estão se reunindo na capital federal para abrir o evento cujo o tema é “Território: nosso corpo, nosso espírito”

Nesta segunda-feira dia 12 uma grande movimentação já acontecia na Praça dos Três Poderes e a primeira marcha pela SESAI (Secretaria de Saúde Indígena) foi realizada pela manhã.

 A grande marcha das Mulheres Indígenas está prevista para o dia 13 de agosto (terça-feira), seguido pela Marcha das Margaridas prevista para o dia 14 de Agosto. 

O evento está sendo realizado pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas) que possui um calendário fixo em abril com o Acampamento Terra Livre e vêm levantando e pautando os assuntos indígenas na agenda climática do país. 

“Toda mulher indígena já nasce com a missão de ser mulher forte. Desde sempre assumimos papéis importantes em nossas famílias, em trazer estabilidade emocional e espiritual a todos. O momento que vivemos é de defender nossos interesses que são diferenciados. Precisamos de saúde diferenciada porque somos obrigados a viver afastados dos centros comerciais para manter nossa cultura. Precisamos de educação diferenciada porque queremos preservar a nossa língua materna. Precisamos dos nossos territórios demarcados porque lá viveram nossos ancestrais e é lá que queremos manter os nossos rituais sagrados. Ser mulher indígena é defender tudo isso, a saúde para nossos parentes, a educação para os nossos jovens, a permanência de nossa vida. E é por isso que estamos aqui. Somos indígenas, nascemos aqui e queremos continuar aqui.”, disse Andreia Takuá, liderança feminina guaraní, Presidente Nacional da Saúde Indígena e Coordenadora do Programa Indígena da 350.org.  

 

O que é ser indígena?

 

 

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Livia Lie – coordenadora de Campanhas Digitais da 350.org Brasil e América Latina, comunicóloga, e Voluntária da Coalizão Não Fracking Brasil.