1- Óleo no nordeste 

Impossível não lembrarmos dessa imagem:

Crédito da foto: Léo Malafaia/AFP

O registro, feito pelo fotógrafo pernambucano Léo Malafaia, trazia Everton Miguel dos Anjos, de apenas 13 anos de idade, saindo do mar coberto de óleo. O menino queria ajudar a mãe, que trabalhava em um quiosque na beira da praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. 

Mais de 1 mil localidades do litoral do Nordeste e dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro foram atingidas por manchas de óleo desde o primeiro avistamento, em 30 de agosto de 2019. Na ocasião, o governo não fez nada e encerrou a CPI sobre o vazamento sem qualquer responsabilização do caso. 

Levamos essas imagens para serem expostas em Madri na COP 25

2- Quando a justiça tardou e falhou

Mais de 20 anos se passaram e 13 mil pescadores pescadores não receberam indenização do maior vazamento de óleo da Baía de Guanabara

Foto: SindPetro

Em janeiro de 2000, um duto da Transpetro/Petrobras, que ligava o terminal da Ilha D’água à Refinaria Duque de Caxias (REDUC) se rompeu e foram despejados 1,3 milhão de litros de óleo na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Milhares de famílias foram impactadas, perderam seu meio de sustento e meio de alimentação. Com atraso de 20 anos, a justiça definiu que cada pescador atingido deveria receber e o valor de R$ 7,9 mil, do qual deverão ser descontados 30% de honorários advocatícios. 

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3- Lixão no fundo do mar

A Petrobrás decidiu adicionar lixão na mistura de petróleo e mar:

Foto: divulgação

O jornalista André Borges, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou em 02 de agosto um caso que, de tão absurdo, parece ficção. Há quase 30 anos, a Petrobras, petrolífera cujo principal acionista é o governo brasileiro, vem escondendo em almoxarifados submarinos clandestinos, na faixa oceânica próxima ao Rio de Janeiro, uma gigantesca quantidade de equipamentos e tubos usados em suas atividades. Leia mais sobre

 

Leilões Fósseis 

Ainda assim, o governo insiste em utilizar nossa costa para a extração de petróleo e gás. Na última semana (dia 2 de junho), enfrentamos mais uma audiência pública sobre leilão de combustíveis fósseis que pretende adicionar centenas de blocos à venda.

A ideia é que o governo coloque mais de 1000 blocos à disposição, criando um verdadeiro outlet de petróleo e gás.

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