Na última segunda-feira (26), foram confirmadas as suspeitas de que a primeira tentativa de exploração de gás de xisto na região de Floriano (PI) não obteve sucesso. De acordo com o portal de notícias piauiense, Floriano News, representantes da Ouro Preto Energia Onshore, companhia que responsável pelas perfurações na região, visitaram a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais de Floriano (SEMAN) para apresentar o ofício informando o término das atividades na cidade.
Com escavações iniciadas em 21 de maio deste ano, as dragas situadas nas proximidades da Localidade Morro Vermelho, ao lado da BR 343, vêm sendo desmontadas desde outubro. A população e os órgãos públicos apenas aguardavam um parecer das autoridades responsáveis pelo trabalho que buscava por petróleo e gás natural na bacia sedimentar do Rio Parnaíba.
Segundo declarações feitas ao portal pela secretária do meio ambiente, Manuella Simplício, a empresa deve marcar reuniões junto ao poder legislativo e executivo de Floriano (PI) para comunicar os resultados da atividade realizada e como irá realizar o processo de reflorestamento, buscando deixar as áreas que foram desmatadas para a pesquisa devidamente revitalizadas.
“Felizmente, pelo bem da comunidade de Floriano, a operação não passou de especulação econômica. Os danos às comunidades que vivem ao redor da Bacia do Parnaíba seriam severos e irreversíveis. Não faz sentido o Piauí com o enorme potencial solar, investir em tecnologia danosa e que utiliza um combustível do passado.” disse Ilan Zugman, Mestre em Sustentabilidade, Organizer da 350.org Brasil e Voluntário da COESUS Coalizão Não FRACKING Brasil pelo Clima Água e Vida
Ilan, que está em missão no Maranhão, lembra que o estado do Piauí instalou recentemente a maior usina de energia solar da América Latina, e que iniciativas como essa geram mais empregos para a região.
“Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) o setor de energia solar é o maior empregador entre todas as tecnologias de energia renovável. Temos um caminho muito mais economicamente justo e ambientalmente correto utilizando a energia renovável. Esse é o caminho a seguir”, completo Zugman.
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Paulinne Rhinow Giffhorn — jornalista da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
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